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Quando eu tinha 12, 13 anos
lembro que costumava olhar as estrelas, depois do jantar e na falta de
programas interessantes na TV, corria até o quintal de casa e lá ficava a fitar
o céu. Eu ficava imaginando o que mais poderia de haver por ali e se um dia eu
poderia chegar lá. Pensava na minha vida e se ela realmente mudaria, no que eu
me tornaria dali há alguns anos. Talvez mudasse da casa, de escola, de ideias.
Eu ficava tentando descobrir os sonhos e possibilidades que existiam além
daquele céu estrelado. Depois de um certo tempo, minha mãe me chamava para
entrar. Já era hora de ir pra cama. E ao me deitar e fechar os olhos, ia de
encontro aos meus sonhos, aqueles que faziam sentido na minha mente confusa e
curiosa, e me faziam viajar em letras de música e finais de filmes de comédia
romântica.
Naquele tempo eu não tinha muitos
amigos,mas isso nunca fez diferença pra mim. Eu não tinha medo da solidão. Com
13 anos eu só me importava com as provas escolares, as músicas que tocavam no
rádio e os filmes da sessão da tarde. Eram outros tempos, e eu, uma outra
pessoa. E às vezes isso me faz falta. Hoje eu sou bem diferente daquele tempo e
de como eu me imaginava. Engraçado esse negócio que a gente tem de ficar
idealizando o tipo de pessoas que devemos ser,afinal: O que somos¿ O que
queremos¿
Somos apenas pessoas, com
qualidades e defeitos. Erramos,acertamos,rimos,choramos...Enfim,se pararmos pra
perceber tudo isso, dá pra notar que somos pessoas tão interessantes,temos a
oportunidade de fazer tanta coisa legal no mundo, viver experiências incríveis
e aprender com nossos erros. Existe muita coisa boa dentro de nós,vamos
descobri-las e mostra-las ao mundo.
Para Ouvir:
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